Imóveis no Brasil perdem 5% do valor em 2015
- 05/08/2015 - 0:00 | 0 comentários
Economia
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São Paulo – O preço médio do metro quadrado dos imóveis no Brasil registrou queda real de 5,28% nos sete primeiros meses do ano, segundo o Índice FipeZap.
Um determinado bem apresenta queda real quando sua valorização é inferior à alta generalizada de preços, medida por índices de inflação, como o IPCA.
De janeiro a julho, os preços dos imóveis tiveram alta de 1,51%, variação inferior à inflação estimada pelo IBGE para o período, de 6,79%.
O índice mostra também que nos últimos 12 meses encerrados em julho preços subiram 4,03%, bem abaixo do IPCA esperado para o período, de 9,52%. É o sétimo mês consecutivo no qual há queda real de preços no acumulado de 12 meses.
Pela nona vez seguida, a valorização dos imóveis também ficou abaixo da inflação registrada no mês. Enquanto o metro quadrado médio das 20 cidades incluídas no índice subiu 0,13% em julho, a expectativa é de alta de 0,58% dpara o IPCA no período.
No acumulado do ano, 17 cidades registram alta de preços menores do que a inflação. Apenas em Florianópolis os custos dos imóveis subiram acima da inflação. Já Niterói, Brasília e Curitiba tiveram queda nominal dos preços nos primeiros sete meses do ano.
O valor médio do metro quadrado dos imóveis anunciados nas 20 cidades em julho foi de 7.614 reais. Apesar de ter registrado queda nominal de preços em julho, o Rio de Janeiro continua a liderar o ranking do metro quadrado mais caro entre as 20 cidades pesquisadas pelo FipeZap, seguida por São Paulo.
Veja, na tabela a seguir, a variação dos preços dos imóveis à venda nas 20 cidadesacompanhadas pelo FipeZap. A lista foi ordenada da maior para a menor variação de preços em julho.
Região | Variação mensal julho/15 | Variação mensal junho/15 | Variação em 2015 | Variação nos últimos 12 meses |
---|---|---|---|---|
Florianópolis | 2,42% | 2,17% | 6,66% | 7,81% |
Vitória | 0,79% | 0,13% | 3,40% | 9,40% |
Santo André | 0,52% | 0,35% | 2,35% | 7,44% |
Contagem | 0,50% | 1,11% | 3,84% | 6,55% |
Goiânia | 0,49% | 0,02% | 1,43% | 7,75% |
Santos | 0,46% | 0,27% | 2,39% | 6,58% |
Porto Alegre | 0,39% | 0,49% | 2,10% | 6,65% |
Salvador | 0,36% | 0,24% | 1,78% | 4,86% |
São Caetano do Sul | 0,29% | 0,17% | 1,26% | 4,17% |
Brasília | 0,22% | 0,29% | -0,95% | -0,69% |
Campinas | 0,22% | 0,29% | 2,21 | 8,08% |
Fortaleza | 0,17% | 0,25% | 3,50% | 5,62% |
Índice FipeZap Ampliado (20 cidades) | 0,13% | 0,13% | 1,38% | 4,52% |
São Paulo | 0,10% | 0,09% | 2,20% | 5,06% |
São Bernardo do Campo | 0,08% | 0,12% | 2,13% | 7,44% |
Recife | 0,09% | -0,04% | 0,30% | 3,29% |
Rio de Janeiro | -0,11% | 0,01% | 0,58% | 2,90% |
Niterói | -0,12% | -0,33% | -2,32% | 2,03% |
Belo Horizonte | -0,14% | 0,03% | 1,31% | 7,25% |
Curitiba | -0,14% | -0,03% | -0,65% | 2,50% |
Vila Velha | -0,50% | -0,77% | 1,73% | 6,66% |
E agora veja o preço médio do metro quadrado anunciado em cada cidade em julho:
Região | Preço médio do metro quadrado (R$) |
---|---|
Rio de Janeiro | 10.631 |
São Paulo | 8.602 |
Brasília | 7.987 |
Niterói | 7.674 |
Média Nacional | 7.614 |
Florianópolis | 6.327 |
Recife | 6.023 |
Belo Horizonte | 5.906 |
São Caetano do Sul | 5.717 |
Fortaleza | 5.691 |
Porto Alegre | 5.426 |
Campinas | 5.270 |
Vitória | 5.270 |
Curitiba | 5.154 |
Santo André | 5.026 |
Santos | 4.923 |
São Bernardo do Campo | 4.713 |
Salvador | 4.655 |
Vila Velha | 4.233 |
Goiânia | 4.183 |
Contagem | 3.568 |
O Índice FipeZap tem dados disponíveis sobre São Paulo e Rio de Janeiro desde janeiro de 2008. Para Belo Horizonte, a série começa em maio de 2009. Para Fortaleza, em abril de 2010; para Recife em julho de 2010; e para Brasília e Salvador, em setembro de 2010.
Os municípios do ABC Paulista e Niterói têm dados disponíveis desde janeiro de 2012. As séries de preços de Vitória, Vila Velha, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba foram iniciadas em julho de 2012.
O indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site de classificados Zap Imóveis, acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet.
Além disso, a Fipe também busca dados em outras fontes de anúncios online ao realizar a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).